domingo, 1 de novembro de 2015

Dicas: Walt Disney World – Where dreams come true!




Não tive a oportunidade de conhecer a Walt Disney World ainda criança. A minha primeira visita foi à Eurodisney (Paris) em abril de 2008. Foi um passeio rápido, sem os filhos, apenas para “matar” a minha curiosidade. Em 2012 levamos apenas a minha filha mais velha, Ana Paula, pois o Vitor ainda era muito bebê. A viagem foi ótima, mas senti que ainda faltava algo. Desta vez, 2015, não faltou nada. Foram quase duas semanas em Orlando. Um fantástico passeio em família, 24 horas por dia, curtindo a esposa e os filhos.

Tenho viajado para o exterior com frequência nos últimos anos, quase sempre para a Europa na companhia da minha esposa e, por vezes, de alguns grandes amigos. Mas desta vez foi uma viagem especial, talvez a melhor que já fiz. Para quem me conhece pode até parecer contraditório preterir a Europa aos Estados Unidos, mas os parques de Orlando são mágicos. Um sonho: where dreams come true! Encantam todos, dos mais velhos aos pequeninos, sem exceção, posso garantir! As atrações são para todas as idades. A alegria dos meus filhos foi contagiante. Nada comparável. Só de relembrar fico arrepiado. Como foi espetacular. Todos deveriam ter a oportunidade de conhecer a “terra da fantasia”. Já estou pensando e programando a próxima viagem, se o dólar permitir, é claro.

Apesar da pouca experiência nesta região da Flórida, as duas viagens para Orlando me deram certa bagagem para compartilhar algumas boas dicas com os amigos e os leitores do blog. Não tenho pretensão alguma de dissecar o assunto, mas gostaria de colaborar com aqueles que ainda não puderam desfrutar das maravilhas da Disney. Como já dito, os parques são para todas as idades. Não seja preconceituoso. Mas, o passeio acompanhado dos filhos fica muito mais fascinante.

Seguem algumas dicas. Recomendo ainda o livro digital 101 dicas: Disney e Orlando, da autora Ana Novais. Comprei o livro pela internet por 55 reais. O livro é simples e direto. Vale cada centavo. Grandes e valiosas dicas. E melhor, pode ser baixado em qualquer dispositivo móvel.

Aeroporto

O aeroporto internacional de Orlando é muito grande. São dois terminais. As empresas brasileiras, TAM, Gol e Azul estão situadas no Terminal A. Não confunda os terminais e evite desencontros. Para quem precisar pernoitar no aeroporto, existem várias opções de lanchonetes e restaurantes, além de um bom hotel dentro do aeroporto (Hyatt).

Aluguel de carro

A melhor maneira de deslocamento em Orlando é de carro, sem dúvida. O aluguel é fácil e relativamente barato. Nem todas as locadoras estão localizadas dentro do aeroporto, portanto confirme se a locadora escolhida por você tem agência dentro do terminal, evitando traslados desnecessários. No site oficial do aeroporto de Orlando você confere todas as locadoras. Para mais dicas sobre o aluguel de carro no exterior confira o post de novembro de 2014.

Estradas e GPS

As rodovias na região de Orlando são espetaculares. As sinalizações também são excelentes, mas o uso do GPS é mandatório. Para facilitar adquira seu próprio GPS no Brasil a um custo mais baixo que alugar na locadora e insira um mapa atualizado dos Estados Unidos. Não deixe de colocar previamente todos os endereços pretendidos, facilitando a sua vida durante a viagem. Uma dica: ao aproximar-se dos parques, desligue o GPS e siga as placas, pois algumas vezes o GPS pode te levar a um estacionamento diferente, por exemplo, para os funcionários dos parques. Nas imediações dos parques as placas são bem explicativas.

Pedágios

São raros e baratos. Basicamente estão presentes na rodovia de acesso ao aeroporto. Portanto, adquirir o pedágio automático (E-pass) é desnecessário. Se optar por este serviço, faça diretamente na locadora.

Limites de velocidade nas estradas

Siga rigorosamente os limites de velocidade. Lá, as rodovias estão em milhas por hora (cada milha corresponde a 1,6 km). É muito comum a abordagem de viaturas policiais para quem não cumpre as regras. Evite aborrecimentos. Siga rigorosamente os limites. Lembre-se que você não está no Brasil!

Postos de gasolina

Todos os postos de gasolina são self-service, isto é, sem frentista. Você deverá pagar a gasolina antes de abastecer. Para facilitar pague diretamente no caixa em dinheiro. O pagamento automático direto na bomba com o cartão de crédito é permitido, porém contratempos podem ocorrer. Evite-os.

Hotéis

Existe uma infinidade de hotéis, de luxuosos aos mais básicos. Os hotéis exclusivos dos parques são bem procurados. Dica: se você quiser um hotel espetacular, tranquilo e sem o agito dos Hotéis da Disney, sugiro o Waldorf Astoria Orlando. O hotel é fenomenal e muito bem localizado (praticamente dentro do complexo da Disney), porém infelizmente ele é muito caro. Alguns quartos são voltados para a Disney, o que permite a visão dos shows pirotécnicos noturnos. Excelente. A suíte comporta um casal e duas crianças com muito conforto. Tem uma pequena cozinha que permite refeições rápidas, como o café da manhã.



Supermercados

Neles você poderá comprar os produtos básicos para um bom café da manhã e para lanches rápidos, gerando uma boa economia na viagem – o café da manhã nos hotéis costuma ser pago a parte e tem um custo alto. A qualidade dos produtos é muito boa e os preços são camaradas. Desta última vez, usamos a rede de supermercados King, mas existem outras opções.

Ingressos dos parques

Os ingressos são individuais, nominais, intransferíveis e não reembolsáveis. No primeiro dia você deverá informar o nome para cada ingresso, além de tocar a digital na entrada do parque, exceto as crianças pequenas. Nas próximas visitas você apresentará o cartão de acesso de leitura digital e passará a digital novamente.

O preço dos ingressos é muito salgado. Opte por comprá-los em conjunto. Por exemplo, como são 4 parques da Disney, compre todos de uma só vez. E melhor. Opte por comprar para 5 ou 6 dias, pois a diferença de preço é irrisória e você terá a opção de retornar aos parques em outro dia por uma valor muito mais baixo do que a entrada normal. Independente do número de dias comprados, os ingressos são válidos por até 14 dias, contados a partir da primeira entrada.

Sempre é bom lembrar que a Universal tem dois parques (Universal Studios Florida e Island of Adventure) e o grupo Sea World também (Sea World e Bush Gardens). Na verdade, estes grupos têm outros parques (incluindo os aquáticos), porém são menos famosos e não os conheço. Assim, sempre que possível compre os ingressos em conjunto para cada grupo de parques.

Na Universal, como os parques são lado a lado, você poderá comprar o ingresso para apenas um dos parques ou para os dois no mesmo dia, obviamente este último é mais caro. Sugestão: se você pretende visitar a Universal apenas um dia, compre o ingresso válido para os dois parques, caso contrário compre o ingresso para os parques separadamente e faça uma boa economia. Lembrete: existe um recém-inaugurado trenzinho temático (Hogwarts Express) que comunica os dois parques, interligando as áreas do Harry Potter. Particularmente achei o trenzinho muito sem graça, não vale a pena pagar apenas por isso, mas se você tiver o ingresso para os dois parques e as filas estiverem pequenas, comprove o que estou dizendo. O acesso somente é permitido para quem tem o ingresso válido para os dois parques no mesmo dia.

Agora a dica mais valiosa: compre os ingressos no Brasil no site da Decolar (fique tranquilo, não sou sócio da empresa). O preço é bom, você paga em reais, evitando o IOF, e ainda pode parcelar no cartão de crédito, sem juros. Usualmente você receberá o voucher no seu email e deverá trocá-los pelos ingressos na entrada do parque nos guichês de vendas. Simples e sem burocracia. Basta apresentar o “ID” do titular que fez a compra (algum documento com foto, não precisa ser o passaporte).
Você também pode comprar os ingressos nos sites oficiais dos parques ou diretamente na bilheteria dos parques. Esta última opção é a menos recomendada, pois é a mais cara!

Internet nos parques

Todos os parques oferecem o serviço de internet gratuita e de alta velocidade. Basta procurá-las no seu celular. Alguns parques exigem um rápido cadastro e o aceite dos termos de adesão. Tudo muito rápido. A internet será muito útil para o deslocamento dentro dos parques (mapas), checagem do tempo de espera das atrações e também para marcar os Fastpass, que comentarei em breve.
Praticamente, todos os parques têm aplicativos próprios para IOS e Android e que devem ser baixados antes da viagem. Realmente são muito úteis nos parques.

Principais parques

São vários os parques na cidade de Orlando. Todos de fácil acesso pelas rodovias locais, exceto o Bush Gardens, que na verdade fica na cidade de Tampa, cerca de 100 quilômetros de Orlando (uma hora e meia de carro).
Seguem abaixo, breves comentários sobre os parques que nós visitamos. Se você quiser mais detalhes sobre as atrações, acesse o livro que eu recomendei no início. Lá, a autora descreve de maneira pormenorizada todas as atrações dos parques.

Magic Kingdom (MK)

É o pioneiro dos parques, inaugurado em 1971, e o mais procurado por todos. Agrada todas as idades, porém é mais voltado para as crianças menores. Lá, tudo é mágico. O parque é imenso e um dia de visita é insuficiente para conhecer as 6 áreas do parque, mesmo porque está sempre lotado. Já fomos 3 vezes e ainda não conseguimos conhecer todos os brinquedos. Pesquise as atrações do seu interesse e planeje seu roteiro, otimizando sua visita. As atrações imperdíveis são o Big Thunder Mountain Railroad e o Seven Dwarfs Mine Train, que são montanhas-russas não muito radicais, mas velozes, e podem assustar as crianças menores, o Splash Moutain, o Pirates of the Caribbean, entre outros. Não deixe de participar também dos desfiles dos personagens que acontecem algumas vezes no dia (“Parades”). As crianças adoram e é a oportunidade de ver todos os personagens de perto.  



Epcot

Foi o segundo parque construído da Disney. O objetivo original de Walt Disney era mostrar a diversidade dos povos e ao mesmo tempo a integração dos mesmos, além de apresentar as ideias para o futuro da humanidade. Daí, o parque é dividido em duas áreas. A primeira voltada para o futuro, onde você encontrará as principais atrações, além do famoso globo do parque. Na segunda você visitará os pavilhões dos países circundando um grande lago central. Todos os funcionários dos pavilhões são nativos de seus próprios países. É o parque mais cultural e é muito legal. Duas atrações são imperdíveis: o Soarin, um simulador 3D de asa delta, e o Test Track que é um carrinho em alta velocidade (tipo autorama). Atinge 60 milhas por hora, mas não é montanha russa. O Vitor amou e o papai também.



Animal Kingdom

Este parque da Disney é muito bom. Imperdível. Como o próprio nome diz, o parque é voltado para os animais. O safári (Kilimanjaro) é a atração principal, onde você fará um passeio de caminhão dentro de uma savana africana com os animais livres. Outra atração é o Everest, uma montanha russa temática e radical, mas sem looping (apesar do medo, a Ana Paula adorou). Entre outras atrações, temos o teatro do Nemo e o cine 3D  It’s tought to be a bug (“como é difícil ser um inseto”). Este último é baseado nos personagens do filme “vida de inseto” e é muito bom, mas o Vitor ficou com medo das aranhas que descem do teto e não quis ir novamente. Mas vale a pena. É muito bem feito.



Holywood

É o menor dos parques da Disney, mas muito divertido e voltado para o cinema. Principais atrações: o Toy Story 3D que é um circuito de carrinho onde você ganha pontos atirando em alvos; e acreditem, a Raquel adorou e repetiu a dose enfrentando as  filas gigantescas, a Rock’n Roller Coaster Aerosmith, que é  uma montanha russa em alta velocidade e no escuro, espetacular, vai de 0 a 100 km em 2.8 segundos: apesar do medo, a Ana Paula adorou, a Star Tours, simulador 3D no espaço: muito legal, e a Tower of Terror que é um elevador que despenca do décimo terceiro andar e no escuro: infelizmente não fomos. Além de outras atrações, você encontrará vários shows ao vivo com destaque para o espetáculo do Indiana Jones.



Sea World

Talvez um dos parques mais interessantes de Orlando. Uma mescla de natureza, aventuras e shows ao vivo. A visita é obrigatória. Destaco o show dos golfinhos e principalmente o das baleias (Shamu). Confira os horários na entrada do parque e programe seu dia. As montanhas russas também são imperdíveis e radicais. A Manta é fenomenal, você vai de barriga para baixo, e a Kraken é muito alta e veloz (umas das melhores que já fui). Não satisfeitos, os administradores do parque vão inaugurar em 2016 a Mako, que será a montanha russa mais alta, mais veloz e mais extensa dos Estados Unidos.  O projeto é fantástico.



Busch Gardens

É o mais distante dos parques, como já comentado. Basicamente temos dois tipos de atrações. As famosas montanhas-russas radicais e a visita aos animais do parque. Apesar de gostar muito das coasters, achei que a visita ao parque não vale a pena por ser muito longe, cerca de 3 horas, ida e volta. A parte dos animais é suprida pelo Animal Kingdom – Kilimanjaro. Contudo, para os amantes de montanhas-russas radicais, a visita é obrigatória. A montanha russa Cheeta é muita rápida: adrenalina total. Adorei!



Legoland

Este parque está localizado há 45 minutos de Orlando. Ele é mais recomendado para as crianças pequenas, até 12 anos. Os pequeninos adoram e os pais também. Existe uma área central com miniaturas das principais cidades americanas montadas em Lego. Apaixonante. O Vitor ficou em êxtase! Existem várias outras atrações. É o maior parque da Lego no mundo.



Universal

Os parques da Universal são voltados principalmente para os adultos, adolescentes e crianças maiores. Os dois parques são belos e muito divertidos, e a visita é obrigatória. Se você puder visite-os em dois dias, pois são inúmeras as atrações. Veja os destaques de cada parque:



Universal Studios Florida

Hollywwod Rip Ride Rockit
– a montanha russa mais radical que já fui. A subida é em 180 graus e a descida é ainda mais assustadora, mas vale a pena o sofrimento. Detalhe: você pode escolher a música personalizada do percurso e todo o passeio é gravado em vídeo. Depois do brinquedo, confira seu vídeo, que com certeza mostrará o terror estampado em suas expressões faciais! Curiosidade: uma menininha de 8 anos foi do meu lado. Ela ficou radiante em todo o percurso, como se estivesse num carrossel, enquanto o marmanjo aqui rezando de medo (para não falar outra coisa).

Transformers 3D
– um simulador fenomenal. Imperdível. Com certeza não é indicado para as crianças menores por conter “cenas de violência”.

Revenge of the mumy
– uma montanha russa no escuro, repleta de efeitos especiais. Muito legal.

Shrek 4D
– um filme 4D muito bem feito e divertido. As cadeiras se mexem. Vale a pena. Todos gostaram.

E.T
– meio sem graça, mas as crianças gostaram. Não tem filas.
Minions (Despicable Me). É uma das principais atrações do parque, porém nas duas vezes que tentamos entrar não conseguimos, em virtude de problemas técnicos no brinquedo.

Harry Potter: Beco diagonal  (Diagon Alley) –
recém-inaugurado, o lugar ficou muito bem feito. Vale a visita, especialmente para os amantes da série.  Além disso, você tem um simulador 3D num carrinho (parece uma montanha russa), muito legal, porém a fila é extensa (Harry Potter and the Escape from Gringots).

Universal – Island of the adventure

Área do Harry Potter
– É a parte mais visitada do parque: sempre cheia. Destaca-se a arquitetura do local, o simulador 3D Harry Potter and the Forbidden Journey e as montanhas russas entrelaçadas: Dragon Challenge. Existe ainda uma montanha russa infantil – Flight of the Hippogriff – que os meninos gostaram muito.

Incredible Hulk
– Para mim a melhor montanha russa de Orlando. Rápida e muito divertida. Infelizmente ela estava em reforma neste ano para ampliação. Voltará em 2016.

Spiderman – um simulador 3D imperdível. Extremamente realista. Os meninos (e os adultos) adoram. Vale a pena conferir.

Evitando filas

Dependendo da época em que você visitar os parques de Orlando, as filas serão inevitáveis, o que não deixa de ser muito desagradável. Mesmo em épocas de baixa temporada, as filas são corriqueiras. O que fazer? Nos parques da Disney (Magic Kingdom, Epcot, Animal Kingdom e Hollywood Studios), a empresa oferece um acesso rápido e gratuito às atrações, chamado de Fastpass.

O sistema é muito simples e atualmente, em 2015, tudo é feito pela internet. Primeiro você deverá fazer o download do aplicativo da Disney World com antecedência e fazer um breve cadastro (basta um cadastro por família). Depois, diante dos ingressos, você deverá inserir a sequência de números (e letras) e cadastrar cada viajante do grupo com o nome e o número do ingresso. Após estes passos, siga as instruções do aplicativo. É muito fácil.

Você tem o direito de reservar até três Fastpass para cada dia de parque por pessoa. Evite reservar em cima da hora, pois poderá haver limitação das atrações e dos horários. O ideal é fazê-lo com alguns dias de antecedência. A Disney permite o agendamento com até 30 dias de antecedência para os clientes que estão hospedados fora do complexo e 60 dias para os hóspedes da Disney. Mais uma dica: após o uso dos três Fastpass você poderá solicitar mais um, porém agora somente dentro do parque, nos quiosques denominados Fastpass+.

Nos outros parques também existem os acessos rápidos, porém são pagos, e por vezes caros. Exemplo: o Universal Express. Você adquire para um único dia e é individual. O valor varia de acordo com a lotação do parque. Nesta última vez paguei a “bagatela” de 74 dólares por ingresso. Assim, o melhor é evitá-lo. Ele realmente vale a pena para quem pretende e gosta das atrações mais requisitadas, como exemplo, as montanhas-russas e os simuladores 3D. Nos demais casos, eu recomendo enfrentar as filas que usualmente são toleráveis, exceto em alta temporada.

Mais uma dica: o Universal Express também pode ser adquirido dentro parque. Assim, você pode checar a necessidade de comprá-lo ou não. Existem dois tipos de ingressos, o que permite acesso ilimitado aos brinquedos (unlimited), mais caro, e aquele que permite o acesso único a cada brinquedo. Por último, cada ingresso Universal Express somente é válido para apenas um dos parques, ou Universal Studios ou no Island Of Adventure. Se você quiser a entrada rápida para os dois parques você deverá comprá-los separadamente. Portanto, o valor é muito caro! E outra: ele não é válido nas atrações do Harry Potter, as mais concorridas!

Parques aquáticos   

São vários os parques aquáticos na cidade de Orlando, porém não posso recomendá-los, pois não os visitei. Faltou tempo (e não vontade).

Shows pirotécnicos

Praticamente todos os parques oferecem shows pirotécnicos noturnos. Os mais famosos são os do MK, Whishes, e do Epcot Illuminations. Já fomos aos dois, mas gostamos mais do show no Epcot que acontece diariamente às 21 horas no encerramento das atividades. A melhor visão é circundando o lago, porém é lotado. Sugiro reservar uma mesa com antecedência no restaurante Rose and Crown, no Pavilhão da Inglaterra. A visão é maravilhosa, a comida é razoável e não é muito caro.

Disney Springs

Antigamente denominado de Downtown Disney – confesso que não sei por qual motivo o nome foi alterado. Muita gente ainda conhece e chama o local pelo nome antigo. É o “bairro noturno” da Disney. Restaurantes temáticos, bares, lojas e um longo calçadão. Sempre é muito cheio. As crianças adoram. Eu particularmente não curto muito, mas faz parte do passeio. Importante: os principais restaurantes fecham às 23 horas.

Cirque de Soleil

Passeio obrigatório. O espetáculo exclusivo para a Disney, La Nouba, é imperdível. O show acontece duas vezes ao dia, com sessões as 18 e 21 horas, de terça a sábado. Apesar de caro, vale a pena. O espetáculo é lindo e muito dinâmico. Indescritível. Duas dicas: existem 6 categorias de ingressos: opte pela categoria de cor vermelha, pois os preços são mais camaradas e a visão é espetacular. Caso queira descontos especiais compre no dia do espetáculo, pois o circo oferece entradas com desconto no guichê “tickets on sale”.

Fogo de Chão

Para quem gosta de uma boa comida, como eu, decididamente você não encontrará nos parques e nem em Downtown. Em minha opinião os fast-foods americanos são terríveis. Uma maneira de comer bem (e matar a saudade da comida brasileira) é jantar na churrascaria Fogo de Chão. Não é muito caro, para o padrão americano, e o restaurante tem ótimo nível. Oferece uma boa carta de vinhos e um excelente atendimento. Quase todos os garçons são brasileiros. Sempre vamos lá no mínimo duas noites por viagem!

Total Wine

Falando em vinho, tenho uma ótima dica para os amantes desta fantástica bebida. A loja Total Wine (fica perto da Universal) oferece ótimos rótulos e os preços são bem convidativos, mesmo com a recente alta do dólar. Sempre é bom lembrar que o limite permitido por pessoa para entrada no Brasil é de 12 litros e 500 dólares para cada um.

Final

Espero que eu possa ter contribuído de alguma forma com sua futura viagem para o mundo mágico de Walt Disney. Se você estiver com a viagem programada não deixe de ler o livro que eu recomendei no começo deste texto. Boa viagem e aproveitem os bons momentos em família.


MJR e família

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Restaurante Maní – São Paulo, SP



Sofisticação com simplicidade: parece paradoxal? Não para os chefs Helena Rizzo e Daniel Redondo, à frente da cozinha no Maní. O orgulhoso casal comemora sua primeira estrela Michelin já na edição inaugural do respeitado guia no Brasil. A casa foi concebida em estilo rústico e abusa do branco e do minimalismo; seu pessoal recebe todos os visitantes de maneira notavelmente calorosa. O objetivo é um só: proporcionar ao público uma experiência gastronômica única, onde a altíssima qualidade da comida e dos serviços não produziram nos funcionários o grave defeito tão comumente encontrado nesses ambientes: a afetação. Essa palavra não tem lugar no Maní, onde tudo é descontraído, e é assim que eles nos fazem sentir: bem-vindos!



A gaúcha Helena Rizzo trabalhou como modelo e chegou a cursar a faculdade de arquitetura, mas foi na gastronomia que viu seu talento florescer. Estagiou com renomados mestres da culinária como Claude Troisgros e Emmanuel Bassoleil antes de ganhar o mundo e trabalhar na Itália até chegar ao célebre El Cellar de Can Roca, restaurante catalão sediado na pequena cidade de Girona, ao norte de Barcelona. O El Cellar possuiu em suas credenciais nada menos do que três estrelas Michelin, além de deter o título de “World’s Best Restaurant” atribuído pela respeitada revista inglesa, “Restaurant Magazine”. Em meio às panelas, o lugar foi perfeito para conhecer seu atual marido e sócio, Daniel Redondo. O tímido e tatuado catalão iniciou sua carreira como aprendiz de cozinha aos 15 anos de idade, na casa dos proprietários do El Cellar, a família Roca, tradicionais donos de uma pousada local, e ali foi galgando postos na cozinha do recém-criado restaurante, onde se tornou, nada menos, do que chef de cozinha. De lá partiram juntos em direção a São Paulo, onde fundaram em 2006 o Maní Manioca, estranho nome indígena da deusa da mandioca. Desde então não pararam de crescer e colecionar prêmios: Helena foi eleita “World’s Best Female Chef” em 2014, e o restaurante, recentemente agraciado com uma estrela Michelin, já figura como um dos 50 melhores do mundo pela “Restaurant Magazine”.



Tudo isso ainda é pouco para qualificar tamanha inventividade culinária. Os 70 felizardos que compartilham uma mesa na noite do Maní vêem passam por seus pratos ingredientes tão brasileiros como tucupi, banana da terra, pupunha, maracujá e, como não podia deixar de ser, a mandioca. A mandioca, estrela da casa, está desde o bolinho frito e empanado e o biscoito gigante de polvilho da entrada, até nas pequenas pérolas que flutuam no molho de tucupi. Mais gourmet, impossível!

Até o ovo ganha ares de estrela na cozinha do Maní: o ovo no Maní é um verdadeiro primor! A mais famosa entrada do restaurante é produto do cozimento de um simples ovo por três horas a uma temperatura constante de 63ºC, até que a clara e a gema adquiram consistência idêntica, macios e em estado sólido, mantendo suas características de cor e paladar. Regado com espuma de pupunha, o ovo do Maní é inigualável!


O menu degustação de 10 pratos desafia os mais experientes paladares e oferece uma sequência de sabores que é um verdadeiro deleite! Vieiras, lulas, peixe fresco, mandioca, ovo, pupunha, tutano e bochecha de boi vão desfilando pelo seu prato. Terminados os pratos salgados, um refrescante e inacreditável sorbet de pepino anuncia a sobremesa. Depois de tudo...apenas um café...isso é tudo que você vai conseguir comer.

Como se não bastassem as qualidades, vamos fazer um aparte para os vinhos. Esqueça sua imagem de sommelier como um profissional pretensioso e afetado que se julga melhor que você apenas porque entende de vinhos. E nem sempre entende, simplesmente o convence a escolher os rótulos mais caros, nem sempre os melhores. O maestro à frente da adega do Maní é Felipe Barreto, a própria imagem da simplicidade. Culto e viajado, é um profundo conhecedor e sempre prioriza em suas harmonizações, vinhos de regiões pouco conhecidas, até mesmo os nacionais. São rótulos de preço bem mais acessível e de qualidade surpreendente, como os tintos da região de Toro, na Espanha, recém incluída nas regiões vinícolas e que vem se despontando com excelência. Palavras de Felipe: “prove esse vinho com humildade, sem preconceito, você vai se surpreender”! 


Raquel Eckert Montandon

terça-feira, 5 de maio de 2015

Visita ao Château Cos d’Estournel – Bordeaux, França.




Exclusividade: objetivo perseguido por muitos e obtido por poucos. Ser recebido com pompa e circunstância em Bordeaux num castelo exclusivo já elevaria qualquer mortal a um patamar mais alto. Se este Château for um dos mais consagrados da região, a recepção fica ainda mais digna. Junte a isso ver a bandeira do Brasil hasteada na fachada, antes mesmo de sermos recebidos como um grupo pequeno de 5 pessoas, já se trataria de um passeio muito diferenciado, mas o melhor ainda estaria por vir.

Estamos falando do Cos d’Estournel, vinho legendário da margem esquerda do rio Gironde, na região de Saint-Estèphe no Médoc, ao norte da cidade de Bordeaux, cuja merecida fama de excelentes rótulos foi coroada pela construção de sua excêntrica sede em estilo oriental onde dominam três pagodes chineses. Um gigantesco portal de madeira entalhada à moda indiana das altas castas e ornamentado com castanhas pontiagudas de bronze que serviam para afugentar os elefantes que, ao colidirem diretamente com elas, se afastavam para não se machucar. Quanto mais poderoso fosse o dono do portal, maiores eram os números de castanhas, relacionadas ao nível social.

Dentro do Château uma decoração de estilo exótico com inspirações orientais de diversas procedências, harmonizadas num ambiente impecavelmente iluminado para ressaltar cada detalhe do mobiliário. Um grande aparador oferece dispostas as garrafas de vinhos dos mais variados volumes, desde a normal (750 ml) até a Nabucodonosor (15 litros), passando pela Jéroboam, Balthazar e afins.

Emoldurada por um gigantesco portal de madeira de ébano entalhada se descortina o acesso aos tanques de fermentação de aço inoxidável, caprichosamente dispostos e limpos, de forma a não exprimir qualquer mácula em seu brilho impecável: uma cuba para cada lote da vinícola. Passando por este incrível ambiente, temos acesso ao orgulho da vinícola: a adega de barris de carvalho francês, onde os vinhos permanecem antes de serem engarrafados. Podemos apreciar de cima esta maravilha atravessando uma ponte de vidro com uma iluminação surreal. Como se ainda não fosse bastante, a ponte nos conduz à sala do tesouro: numa sala escura e bem cuidada, guarnecida por estátuas de elefantes, repousam seus rótulos mais preciosos. Uma riqueza sem igual!

Ainda embasbacados com tamanha suntuosidade, somos levados a uma sala de degustação exclusiva para nosso pequeno grupo. A mesa estava disposta em cinco taças por pessoa, cada uma delas devidamente etiquetada com o vinho a ser degustado, acompanhadas da cereja do bolo: em cada lugar repousava um cartão de agradecimentos pela visita, contendo o nome completo do visitante, ao lado de um pequeno mimo – uma agenda Moleskine – como lembrança de tamanha deferência.

São momentos inesquecíveis que valem a pena ser desfrutados em ambientes especiais e recebidos por pessoas que fazem todo o possível e o impossível na arte de bem receber. Savoir faire francês.


Raquel e MJR











sexta-feira, 13 de março de 2015

Um passeio pela França



Hoje começo uma série de posts sobre a França, um dos meus países prediletos para passar as férias com minha esposa. Paris é uma cidade encantadora e incomparável, mas a nossa predileção sempre foi pelo interior do país. As regiões da Champagne, Alsácia, Borgonha e do Vale do Loire, dentre outras, são maravilhosas e de fácil acesso. O foco sempre foi desbravar as regiões vinícolas mais importantes da França (veja a ilustração a seguir), mas a cultura do vinho se mistura com a história. Uma combinação perfeita!



Apenas a título de informação a República Francesa é composta por 101 departamentos administrativos, sendo 5 fora do continente europeu (os chamados depártements d’autre-mer, como a Guiana Francesa, por exemplo). Por outro lado, os demais 96 departamentos estão espalhados por 22 regiões no território francês em continente europeu, que em conjunto, curiosamente, tem um formato de um hexágono. Veja:





Para conhecer o interior da França, a melhor maneira é alugar um carro no aeroporto de Paris (Charles de Gaulle). As estradas são ótimas e muito bem sinalizadas, mas o GPS é obrigatório. Outra boa opção é fazer o percurso entre as grandes cidades através das linhas do trem de alta velocidade, o TGV (Train à Grande Vitesse), que servem as principais cidades.

Falar o idioma local é muito útil, porém não é obrigatório, especialmente na cidade de Paris. Lá, quase todos falam bem o inglês, sem grandes problemas. Existe uma lenda no Brasil de que os franceses não gostam de falar o inglês, o que atualmente é uma afirmação no mínimo injusta, se é que foi pertinente no passado. Desde 2008, sempre fomos muito bem recebidos na França, mesmo quando ainda não tínhamos um domínio razoável da língua francesa. Já no interior do país, falar francês é interessante, pois nem sempre os franceses interioranos conseguem praticar um inglês aceitável. Daí a importância de ter um conhecimento mínimo do idioma local.

À bientôt! MJR



domingo, 1 de fevereiro de 2015

Carmel Charme Resort – Um pequeno paraíso no litoral do Ceará



Indicar um hotel no Brasil nem sempre é uma tarefa fácil. O motivo principal é a fugaz durabilidade dos serviços prestados e da conservação da estrutura física. Poderia citar vários exemplos de hotéis que começaram “arrasadores” e hoje têm um serviço sofrível. Independentemente deste detalhe, acabo de voltar de um local que gostaria de compartilhar com os leitores do blog. É um pequeno paraíso no litoral cearense, a cerca de 40 quilômetros de Fortaleza: o Carmel Charme Resort.

O hotel é lindo, novo e confortável. E melhor, pequeno. São menos de 40 suítes. O atendimento é cortês e eficiente. A tranquilidade deste pequeno Resort é única, uma delícia. Nada de axé, música sertaneja ou equipes ruidosas de animação. O barulho das ondas e uma suave música são as trilhas sonoras. Um convite à paz e ao descanso de poucos dias.

A vista de qualquer parte do hotel é fenomenal. Contudo, da imensa e bela piscina, a visão é ainda mais fantástica. A praia, quase que exclusiva para os hóspedes, é maravilhosa e limpa. O mar é aberto com ondas suaves e uma temperatura agradável. A areia plana favorece uma agradável caminhada... Para uma leitura no final da tarde é possível escolher entre os vários gazebos e redes de frente para a praia. Assim, você pode apreciar paralelamente as ondas douradas pela luz do entardecer e a tranquilidade do hotel.

Os quartos são novos e espaçosos. Todos voltados para o mar e com varandas exclusivas. Acomodam até 4 pessoas, 2 adultos e 2 crianças pequenas. O banheiro é muito bom e funcional. O chuveiro é impecável. Há suítes mais caras, além de dois bangalôs luxuosos, mas que não tive a oportunidade de conhecê-los.

Um dos pontos altos do hotel é o restaurante exclusivo para o café da manhã. De frente para o mar, todo envidraçado e com muita ventilação natural. Já na entrada uma garrafa de Champagne Veuve Clicquot dá as boas vindas aos hóspedes. O café da manhã está incluso na diária e tem uma boa variedade de alimentos.

O sistema do hotel não é all-inclusive, o que garante uma melhor qualidade da comida, das bebidas, e em especial, dos serviços prestados. Os preços são razoáveis para um hotel desta categoria. A comida é simples, mas de qualidade. Quase tudo é muito bem feito. A carta de vinhos é pequena, mas suficiente, e com bons rótulos. Único pecado: as taças são de vidro. Uma taça de cristal sempre é bem-vinda!

O hotel oferece traslado exclusivo e privativo para o aeroporto com sobretaxa. Vale a pena. Outro detalhe: para quem estiver viajando com crianças, o famoso parque aquático Beach Park é muito próximo, distando cerca de 30 minutos e o hotel dispõe de táxis conveniados e providencia as entradas para o parque, evitando filas na entrada.

Desta forma, recomendo sem ressalvas este hotel. Seja em lua de mel ou para um passeio em família, como no meu caso. Todos adoraram. E mais um pequeno detalhe: o Sol do Ceará é outra maravilha, fenomenal. Vive la vie!  http://www.carmelcharme.com.br/

MJR